Paixão pela cultura pernambucana une egressos da UNIAESO em projeto

Fruto da ideia do jornalista e produtor cultural, Ruy Sarinho, o programa Balaio Cultural é focado em mostrar a cultura pernambucana e dar visibilidade aos artistas locais. Inicialmente, o projeto contou com o jornalista Vitor Silva, formado pela UNIAESO, em 2020. Pouco depois, chegaram Rodrigo Lambert e Tarsila Castro, também jornalistas e egressos da instituição, para compor o time. Vitor, que já trabalhava com Ruy na rádio SEI, é um dos fundadores.

O programa foi ao ar, pela primeira vez, em agosto de 2021, na Rádio Guarany AM 1300. A ideia inicial era que o Balaio só fosse de forró, apresentado por um cantor, mas viram que Pernambuco é um estado multicultural. E o multiartista, Carlos Amorim foi convidado para o comando, com a personagem Zefinha Paridera. Hoje o Balaio é transmitido todo sábado das 8h às 11h nas rádios Guarany AM , Mais FM Recife 104.7 e Conexão Jovem FM 104.3 de Olinda.

“Trabalhar com cultura popular é muito gratificante e faz acender ainda mais nossas raízes Pernambucanas e nordestinas. Mas, ao mesmo tempo, é difícil, pois é uma área que fica em segundo plano nos investimentos financeiros. Abrir as cortinas do palco do Balaio Cultural, para esses artistas, é uma forma, mesmo que indireta, de manter viva a nossa raiz”, compartilha Vitor.

Rodrigo Lambert afirma que a razão que mais gosta de trabalhar com cultura é que em todos os programas tem uma grata surpresa. "A união de gerações mexe muito comigo. Mas, o momento mais recente e que me marcou muito foi a força das mulheres pretas, periféricas e candomblecistas do Coco Flor que se Cheira. Foi mágico. Ainda mais no atual momento de desprezo e abandono às culturas que estamos vivendo, no Brasil inteiro”, declara.

Para Tarsila Castro cada programa é único e tem a sua própria essência e, segundo ela, essa paixão começou por Ruy Sarinho, quando trabalhava com ele na rádio SEI. “Conhecer os artistas que atuam no Estado é muito gratificante e ver a arte linda que fazem me deixa muito feliz. No meu TCC eu fiz um trabalho relacionado aos Patrimônios Vivos de Pernambuco e pude contar a história de nomes como Lia de Itamaracá, Mestre Saúba e o grupo Caboclinho Sete Flexas, com a orientação do mestre, Marcos Araújo”, lembra.

Os três jornalistas são unânimes em dizer que pretendem continuar nesse caminho produzindo conteúdos voltados à cultura pernambucana. Em janeiro, os comunicadores deram início a mais um quadro no Balaio Cultural, o Banco de Feira. Nele, o programa é feito em espaços públicos, saindo do estúdio, em contato direto com a audiência, contando com a participação do povo.